top of page

                                          Como enxergamos?

 

      A luz é uma onda eletromagnética, não necessita de um meio material para se propagar, ou seja, propaga-se no vácuo (ausência de matéria). 

     A luz proveniente do Sol, que é nossa fonte principal de luz, atravessa o espaço, depois a atmosfera terrestre, e por fim, chega até nós. Iluminando nosso dia, propiciando a realização da fotossíntese pelas plantas e algas, por exemplo.

   As ondas eletromagnéticas são classificadas conforme seu comprimento de onda e frequência, e são ordenadas conforme o espectro eletromagnético [Figura 9]. Podemos enxergar apenas uma pequena faixa do espectro eletromagnético, chamada de luz visível.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

     

      Mas como conseguimos enxergar?          

     Quando a luz proveniente do Sol, ou de alguma outra fonte, incide em um objeto, parte da luz  retorna ao meio de onde emergiu, esse fenômeno é conhecido como reflexão. Os raios de luz provenientes do Sol que incidem em um objeto retornam para o meio incidindo no olho do observador, permitindo ao mesmo  enxergá-lo [Figura 10].

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

      Entretanto,não é apenas isso que acontece... Para entender melhor o processo da visão, vamos discutir um pouco mais sobre o olho humano.

       A visão é um dos cinco sentidos, e o órgão envolvido é o olho. 

     Os olhos são constituídos por um sistema de lentes, que adaptam sua forma para focalizar os raios de luz na retina, onde se situam os fotorreceptores, estruturas que captam a luz. 

      Uma lente é um corpo transparente composto por duas faces, pelo menos uma dessas faces tem que ser curva. Existe dois tipos de lentes: as lentes convergentes, que convergem os raios de luz para um ponto. E as lentes divergentes, que que divergem os raios de luz. Observe a figura 11 abaixo:.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

       Uma das lentes é a Córnea, a qual é protegida do meio externo pelas lágrimas e pálpebras. A córnea é uma região transparente,ligada à região branca do olho, a esclera. É através da córnea que a luz penetra em nossos olhos.

Depois da cóclea está a íris, a parte colorida dos olhos. No meio da íris encontra-se a pupila, um canal de abertura dos olhos, orifício pelo qual ocorre a entrada de luz. Na íris há músculos que podem contrair ou dilatar, causando o efeito de diminuir ou aumentar a pupila, conforme a intensidade da luz do ambiente.

      Quando a luz passa pela pupila, atinge a segunda lente do olho, o cristalino. Ao contrário da Córnea que é uma lente de formato fixo o cristalino é uma lente de formato adaptável, ou seja, com foco ajustável conforme a necessidade de focalização. Sendo sustentado por ligamentos dos músculos ciliares, que estão presos à esclera, e favorecem o movimento dos olhos.

      Quando um objeto está próximo do olho, os músculos se contraem, fazendo com que o cristalino fique mais grosso e arredondado. Já quando um objeto se mantém distante, os músculos relaxam, tornando o cristalino mais fino e alongado. Essa adaptação ocorre para garantir que os objetos possam ser vistos, estando próximo ou longe dos olhos [Figura 13].

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

       Após passar pelo cristalino, a luz atinge a retina, onde estão os fotorreceptores, sendo eles: os bastonetes e cones. A retina é como se fosse o ‘’fundão’’ dos olhos, ela capta a luz e em seguida transmite ao nervo óptico, esse capta o sinal dos fotorreceptores e envia ao cérebro. O campo de visão que temos, é graças a retina, e para enxergamos algo com certa nitidez, a imagem deve ser focada exatamente sobre ela. A retina não é uniforme, na região mediana ela é formada pela mácula e na parte central encontra-se a fóvea, e atrás o nervo óptico. Você pode observar melhor a estrutura do olho humano, na figura abaixo [Figura 14].

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

      A retina é composta por inúmeras antenas que interagem com a luz que entra nos olhos. As mais básicas são os cones e bastonetes  [Figura 15]. Os bastonetes localizam-se na parte periférica da retina e estão relacionados com a intensidade e brilho da luz. Já os cones localizam-se na região em torno da fóvea e atuam no ‘’colorido’’ da visão. Há três tipos de cones, cada um é sensível a determinadas frequências de luz. A junção desses três proporciona uma visão colorida... Tá explicado porque alguns animais enxergam apenas o ‘’preto e branco’’, pois não obtém os três tipos de cones em seu sistema ocular, sendo assim não são sensíveis a todas as faixas de frequências da luz visível. Após a luz ser captada pelas ‘’antenas’’ da retina ela é enviada ao nervo óptico e transmitida ao cérebro, e logo após interpretada... e por fim enxergamos! Ufa!!!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

   

 

     

 

 

 

 

 

 

Fig. 9- Espectro eletromagnético. Em destaque o espectro da luz visível.

Fonte: http://www.antonioguilherme.web.br.com/blog/materiais/particulas-materiais/espectro-eletromagnetico/.

Fig. 12- Esquema de uma lente convergente. Representação da lente cristalino do olho humano.

Fonte: Física  Conceitual - Paul G. Hewitt; tradução: Trieste Freire Ricci; revisão técnica: Maria Helena Gravina.― 11. ed.―Porto Alegre: Bookman, 2011. p. 506.

Fig. 13- Acomodação do Cristalino conforme a distância dos objetos em relação ao olho.

Fonte: http://www.dhnet.org.br/w3/henrique/caminholuz/oolho.htm

Fig. 14- Esquema da estrutura do olho humano.

Fonte: http://www.explicatorium.com/CFQ8/Luz_Olho_humano.php

Fig. 15- Fotorreceptore, bastonetes e cones.

Fonte: http://www.museuescola.ibb.unesp.br/subtopico.phpid=2&pag=2&num=2&sub=1

BIOFÍSICA DOS SENTIDOS

© 2015 por Biofísica dos Sentidos.
Criado por Carolina de Souza Borges, sob a orientação dos professores Humberto Luz Oliveira e Samuel Costa com a utilização da plataforma Wix.com

IFSC- Campus Araranguá

Av. XV de Novembro, 61, Aeroporto

email: ifscbiofisica@gmail.com

 

  • Wix Facebook page
  • Wix Twitter page
  • Wix Google+ page
bottom of page